segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Passando a tempestade...

Agora é hora de voltar à vida real... Passando a tempestade das eleições, hora de olhar para o meu "infinito particular".
Mais calmo do que o mundo aí fora está? Nunca... a vida insiste em ser vendaval e eu insisto em não buscar calmarias falsas.
Mais uma mudança pela frente. Uma mudança de espaço, de moradia e lugar de pertença. Mudança essa difícil, mas necessária diante dos fatos. Mudança que vem como resposta e libertação.
O que são imóveis, carros, bens materiais? A lógica diz: investimentos, claro. Garantias para um futuro tranquilo. Óbvio, não é?
Para alguém muito próxima, diriam alguns: a mais próxima de todos; essas são grandes verdades, defendidas com unhas e dentes.
Mas eu não sou muito fã do óbvio e essas verdades pautadas pela lógica nunca fizeram muito a minha cabeça.
Um imóvel pode ser um investimento, mas pode também ser utilizado para ajudar alguém que, temporariamente, dele precisaria. Pode ser fonte de lucros ou pode gerar um gesto de afeto.
O ser e o ter e sua velha batalha. O capital e os afetos e sua polarizada relação.
O dinheiro traz felicidade? Ao longo da vida, tenho visto ele trazer somente ambição, discórdia e afastamentos.
Não, não sou hippie...infelizmente. Gosto de conforto, boa comida e até de fazer umas comprinhas, de vez em quando.
Mas, não, não acho que "as coisas que possuo devem me possuir" (Clube da luta), nem acho que preciso ter mais do que preciso.
Mas, nem todos pensam assim... Cresci dentro de uma família que nunca pensou assim. Fui desencaixada toda uma vida por não pensar assim.
"Menininha pouco ambiciosa", "Não vai chegar a lugar algum", "Nossa! Mas ela precisa andar tanto com pobres desse jeito". Frases essas que sempre ouvi. Mas, por alguma razão obscura, nunca penetraram em mim. Não me convenceram...
E quando ouvia: "Mas tudo que estamos construindo é para você e você não dá valor" e respondia: "Preferia receber gestos de afeto e amor, porque isso que vai ficar na minha vida, só isso vai se manter". Aí era a menina ingrata, aquela que não reconhece o esforço daqueles que tudo fazem por ela.. menos amá-la incondicionalmente. Mas quem é que precisa disso?
Muitos anos se passaram, muita incompreensão. Mas o passado precisa passar, não é? Mas como ele passa se ele se repete mais e mais a cada dia? Como uma história é atualizada se ela cisma em se repetir?
Às vezes, uma criança diferente, polêmica, com valores que ninguém sabe de onde saíram vai parar no lugar errado. Se ela já não nasceu ali, talvez isso indicasse alguma coisa.
E aí não dá mesmo para encaixar o colorido na tela que só reproduz branco e preto. Não dá para encaixar o mar onde cabe somente areia. 
Mas esse é só um desabafo, entre tantos. Mais pessoal talvez, mais "escancarado". Para nada, como tudo nesse blog. Palavras ao vento...
Mas esse texto, em especial, talvez seja o início de um sonho. O sonho de escrever um pequeno livro. Um livro que devia ser de Psicologia, mas que hoje desejo e preciso que seja sobre minha história.
Não sei se vou conseguir, não sei se alguém vai perder tempo lendo. Não sei se vai me ajudar ou somente me expor. Não sei de nada e é isso que me atrai.
Vou seguindo com minhas palavras soltas, porque essas ninguém tira de mim.









0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial